sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Para você que chegou para ser a “dona da minha cabeça”

Quando eu disse “vem andar e voa” eu fiquei tão assustada quanto você. A doce sensação de sorrir boba ao te olhar, de ficar com borboletas no estômago ao te ver me deixava tão sem graça perto de ti. Eu me pergunto como que uma paixão surgiu do nada e cresceu tão rápido? Como que uma amizade se transformou em amor? Quando a gente conversa, o que é sempre, eu tenho a certeza de que só o que faltava pra gente era um tempo para poder se conhecer melhor né?


Eu brinco dizendo que eu usei aparelho durante 5 anos porque estava ajeitando a minha cara para você e você sempre ri. Eu nunca encontrei alguém tão besta pra rir das bobagens que eu falo. No nosso mundo a gente ri de cada besteira, a intimidade é a realmente o nó do amor duradouro.


O nosso encontro foi tão lindo, fiquei do avesso e me reencontrei, foi como voltar para o eixo, olhar para uma direção que parecia ter um sol no fim da estrada, encontrei a luz, o amor passou por todas as minhas células e me trouxe de volta a vida, de repente o mundo ficou colorido de novo.


Na vida a gente leva tanta porrada, se soubéssemos tudo o que iríamos passar para chegar aqui, será que valeria a pena tanta desilusão? Eu digo que sim, sofremos, não morremos e agora sabemos que ritmo seguir. Saber o que não quer é mais importante, repeti muitas vezes para mim mesma que não aceitaria amor pela metade, que não aceitaria disputa, ouvir coisas desagradáveis ou não ter cuidado comigo, e não aceitei mais. O autocuidado falou mais alto tantas vezes e sabe o que aconteceu? VOCÊ CHEGOU! E então, eu confesso, não acreditei no início, duvidei tanto, fiquei insegura. Mas, meu coração acalmou e eu deixei o amor entrar…


Você sorriu, me abraçou, disse que estava tudo bem. Hoje, olha como o tempo passa rápido, estamos completando 1 ano de namoro e já temos um livro de histórias românticas e divertidas para contar. Viagens, festas, conversas, passeios, museus, aventuras, filmes, espetáculos, parque de diversão, praias, ônibus, avião, manifestações culturais, shows, restaurantes, cafés e etc.etc.etc.


Ainda lembro a nossa conversa na madrugada, o meu coração acelerado e pela manhã eu fazendo café cantando, dançando e ouvindo todas as músicas com o tema “namorar”, fiquei euforicamente em paz. "Se você quer ser minha namorada", "Namora comigo, fica comigo até o fim"... "A namorada..."


Parecia que todas as músicas de amor tinham sido feitas pra gente, era lindo de sentir aquela aceleração no coração. Foi como sentir de novo esperança, bem do jeito que a nossa prima Marisa Monte canta: “E no meio de tanta gente eu encontrei você, entre tanta gente chata e nenhuma graça, você veio”. Eu já nem acreditava mais que era possível sentir de novo as sensações de apaixonada. Mas você mostrou que sim e de uma forma tão leve, eu fui indo, segurei a sua mãe e nunca mais soltei.


“Já não tem mais jeito, tudo está perfeito, agora é só eu e você, juntas na mesma estrada”


Eu estou aqui toda feliz falando sobre o que eu senti, mas o mais importante mesmo era perceber que você estava dançando a mesma música. E a gente pode colocar toda a dedicação, força e amor, mas se a outra pessoa não sentir o mesmo é tudo em vão. Agora eu posso falar, é lindo amar, mas amar e ser amada de volta é mais lindo ainda. Te amar diariamente e admirar cada pedacinho teu é maravilhoso. Você é tão inteligente, tudo o que você explica ou analisa eu fico olhando e pensando: Por que tão perfeita?


O nosso encontro foi lindo desde o começo. A vontade de ir naquela festa, te ver e dançar contigo me consumia, estava inquieta, ansiosa e com medo de você não me querer. Mas nada me segurou, nem mesmo a tal da auto sabotagem, eu fui e parecia que não existia mais ninguém ali, apenas você, na escada, me procurando. "Quero que no fim da festa você apareça e me chame para dançar... você vai dizer depois de um longo beijo: é você quem eu desejo". Dias depois já existia a certeza, vamos namorar?


Neste primeiro ano passamos por momentos felizes, complicados, tristes, conversas difíceis (e como tivemos), mas a compreensão, a escuta, o respeito e a segurança nos fortaleceram até aqui. Sempre entendemos a carga que cada uma trazia, o passado, as decepções, os medos, mas o respeito pelo tempo e espaço de cada uma foi o que nos conduziu, e eu tenho certeza que daqui pra frente seremos nós, sendo nós e por nós. Eu te amo!


E quando eu penso que “podia estar tudo agora dando errado pra mim” eu só consigo sorrir e pensar “mas com você dá certo” e muito certo, e certo pra caramba. Todo dia quando eu acordo eu só penso em uma coisa: realizar todos os seus sonhos! Acordar de manhã e tomar café ao seu lado, dormir rindo de qualquer besteira da internet ou passar horas comentando um filme que assistimos. Viver tudo isso com você é mais do que eu imaginei um dia. Fazer planos, tirar do papel os planos, concretizar o que parecia impossível, devagar a gente vai chegando.


Um amor maduro tem umas coisas interessantes, a troca entre duas pessoas que sabem o que querem, e querem igualmente, é uma realidade para poucos. Um relacionamento aberto para qualquer tipo de conversa e a segurança de chorar quando qualquer dor chega, também é para poucos. Nadar contra a maré é só para quem é louco, já aceitamos a nossa loucura, e está tudo bem. 


Eu sou feliz com você diariamente. Apresentar você para o meu mundo foi assustador, mas você estava segurando a minha mão e eu sabia que estava tudo bem. E todo mundo que eu amo te recebeu de braços abertos, essa foi uma das partes mais lindas da nossa história. 
Eu só posso agradecer a você por ter embarcado nessa jornada comigo, ainda tem tanta estrada pela frente, você vem comigo?


“A delícia de viver, tudo que a gente sempre quis, olhar nos olhos de alguém, e conseguir dizer: Estou feliz”


O amor que eu sinto por você vem da doce vontade de viver tudo o que é lindo ao seu lado, do respeito, da paixão, da reciprocidade, da prosperidade, da serenidade, da paz, do nosso coração, das nossas pessoas que torcem por nós, do sol, da chuva, do dia, da noite, da luz, da espiritualidade, da fé, da vida. O nosso amor nasceu naturalmente na calmaria e não no caos e isso já faz dele o nosso maior tesouro. O nosso amor é belo, forte e eterno e é “na força dessa beleza é que eu sinto firmeza e paz”.


“Fica comigo

Namora comigo

CASA COMIGO

Viva comigo até o fim

Eu sou seu abrigo

Não tem mais perigo

Fica comigo

Namora comigo até o fim”


Feliz nosso primeiro ano de namoro, que a gente possa regar e cuidar desse nosso doce amor para que ele dure para todo o nosso sempre, abençoado pela mãe das águas. 


Eu te amo meu lovezinho!


sábado, 17 de junho de 2023

Feliz aniversário amor...



“Cheguei a tempo de te ver acordar, eu vim correndo à frente do sol…”



Hoje é o seu aniversário e eu só consigo pensar na sorte que estou vivenciando em poder estar assim do seu ladinho. Te conhecer melhor, mergulhar no seu mundinho tem sido uma das maiores descobertas da minha vida inteira e sabe, eu tenho me apaixonado cada vez mais por tudo de você, por tudo que é você.


Estranho começar uma carta de feliz aniversário falando assim né? Parece que sou egoísta e egocêntrica falando apenas sobre mim… Mas, eu preciso falar o quanto a sua luz me irradia, seu sorriso me anima, seu abraço me acalma e sua voz me guia. Eu realmente preciso te falar sobre o quanto você reflete em mim, o quanto seu coração batuca no meu e o quanto estou cada vez mais florindo diante de você.


Sobre florir, era aí que eu queria chegar… Sempre que eu posso e tenho a oportunidade me declaro e quero que seja assim para sempre, pois é a vontade que sinto quando te vejo, ou quando penso em você, o que é quase que o tempo todo. 


Tudo no seu tempo, e respeitando um processo, vamos pensar em uma árvore. Uma semente, cresce a raiz, os galhos, o tronco. Depois suas folhas caem, suas flores nascem, seus frutos amadurecem e assim começa e termina um ciclo, e mesmo seguindo o mesmo processo, provavelmente nunca será do mesmo jeito. Somos essa árvore, passando pelo seu processo, pelos ciclos que podem ser bonitos, tranquilos, agitados, às vezes solitários, às vezes com ajuda, às vezes coloridos… E como a vida, se apresenta de forma linda e forte não é?


Sempre amei árvores, minha história está atrelada nesses seres ancestrais, atemporais e diversos que estão por aí nos mostrando que precisamos respirar, apreciar o belo e desacelerar em uma sombra, pensar nas belezas do mundo, voltar ao inicio, seguir em frente e se firmar nas raízes para não ser levada pelo vento ou tempestade. Árvore é sabedoria, segurança, respiração, encanto e uma conversa interna com nós mesmos, como ela nos ensina de dentro para fora sobre o que precisamos não é mesmo?


O que eu talvez esteja querendo dizer é que podemos ser muitas versões nossas, dos afetos, dores, amores e metamorfoses que vivenciamos, mas uma coisa permanece. A nossa verdadeira essência é o que perdura, por isso, quando nos encontramos e reencontramos, aprendemos a CELEBRAR A NOSSA PRÓPRIA MANEIRA DE SER!


E agora você deve estar se perguntando porque no auge da minha escrita prolixa eu te trouxe até aqui… Bem, percorremos um caminho maravilhoso, cada uma sendo essa árvore de ciclos, sendo flores, folhas, raízes e frutos diferentes para tantas pessoas. E por mais que a árvore demonstre a sensação de permanência eu preciso revelar que não é bem isso, só porque ela está parada, enraizada em um lugar. Imagina que as raízes da sua árvore são o seu coração, quanto mais o tempo passa, mais profundo fica. Sua cabeça são os frutos que amadurecem e entendem a importância de fechar e abrir ciclos, da constância em acabar e começar de novo.


Eu gosto de pensar em aniversários como novas oportunidades, novos ciclos, novas celebrações, seletividade de sensações. Gosto de pensar em aniversários como os ciclos das árvores, porque no fundo, parecemos muitos com as árvores. Algumas são frutíferas, outras são coloridas, outras fortes, firmes, resilientes e por aí vai.


E agora você deve tá pensando que eu falei tanta coisa e era mais fácil só desejar felicidades no seu novo ciclo, mas é isso mesmo que estou fazendo (risos), esse é meu jeitinho.


Quando te conheci senti a sua energia em mim. Era colorida, iluminava todos ao seu redor, seu sorriso luz pura, era até difícil não ser fisgada com as suas conversas sobre tudo, a inteligência, a alegria, a humildade e o carisma habitando a mesma pessoa, muito raro. A amizade e a admiração nasceram de sua raridade. O tempo passou, nossos ciclos foram acontecendo até que, o ‘nós’ aconteceu, da forma mais inusitada possível, e desde então a pressa de viver chega a ser incontrolável. 


Aqui, hoje, no seu aniversário eu desejo que você continue e continue permanecendo. Que também equilibre e calibre suas asas em direção aos seus sonhos. Que você realize, seja essa mulher da ação. Que você consiga olhar para o futuro com entusiasmo, viva intensamente o presente e abrace com carinho o seu passado, mesmo que você não seja mais aquela mesma pessoa. 


Que você encontre no seu caminho de descobertas e aprendizados pessoas que vibrem a favor, que te cerquem de amor, que te protejam por afeto, que cuidem de ti por amor e que falem de você com admiração. Que você viva tudo o que imaginar, que tenha a chance de começar e recomeçar. Que você seja corajosa, que seja compassiva com os outros e complacente consigo. Que você cuide de seus amigos e de sua família com nobreza e vigor. Que exponha sua alma sem medo e dedique suas virtudes para tudo o que ama, principalmente a arte.


Eu estava perdida, até que te encontrei. Me reconectei com a vida, com a felicidade e principalmente com a esperança. Estar ao seu lado bem no dia em que tudo se alinhou para a sua chegada é um dos momentos mais especiais da minha existência. Há 32 anos atrás, nascia você, uma folha em branco e eu preciso te contar que ainda têm muitas páginas em branco, você está colorindo cada uma com a vida que você está construindo de forma tão bonita e isso reverbera em todos que estão ao seu redor, principalmente em mim. 



[Como é bom ter esse espacinho no seu livro, por favor, desenhe umas borboletas na borda]



Te amar imensamente como eu amo e te admirar profundamente como eu faço me torna uma pessoa melhor e eu já não sei mais o que é olhar em uma direção diferente da sua. Como diz o Moska: “Gosto quando olho com você o mundo e gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você”. 


Celebrar a tua vida, tua existência vai muito além pra mim, pois estou comemorando a minha também. Que você tenha muitos e muitos anos de vida com saúde e realizações pela frente. Que eu continue dividindo os dias, as horas, os sonhos, as aventuras, as boas histórias, as gargalhadas que preenchem a casa, as loucuras aleatórias, as frases de efeito pela manhã, os aniversários de junho e os de agosto. Que possamos dividir as experiências gastronômicas, as viagens, a prosperidade, o amor, os corações que pulsam fora do nosso peito. Vamos apreciar as boas músicas, os cenários, os vinhos, cervejas e cafés… 


Eu nem lembro mais por onde estava vagando antes de você me encontrar, mas agora eu sei exatamente onde estou e onde eu quero estar, por muitos e muitos anos pela frente! 


Quem sabe isso quer dizer amor

Estrada de fazer o sonho acontecer…


Que seja um novo ciclo de muito AMOR, paz, serenidade, prosperidade, dignidade, honestidade, luz e felicidade a perder de vista! Para hoje, eu te ofereço “Vilarejo”, um dos meus presentes para você. Abra as janelas e deixe a sorte entrar… Eu te amo! 


Feliz Aniversário!


quarta-feira, 22 de junho de 2022

Abrace a sua constante evolução pessoal sem medo...

Evoluir, no meu ponto de vista é conseguir equilibra-se em uma corda de emoções, e o que eu sempre digo é: faz parte da evolução pessoal sofrer, se decepcionar, chorar, perder. Mas, o bom de viver uma vida cheia de possibilidades, é que ela em sua essência, é cheia de oportunidades para se reinventar, recomeçar, reencontrar-se, encontrar pessoas de boa energia, presenças que nos fazem bem, corações amigos dedicados, pequenas e grandes alegrias, conquistas e dividir momentos especiais. Aproveitar por inteiro cada pedaço seu com alguém da mesma vibe na companhia que te abraça com o olhar. 

O equilíbrio tem que fazer parte de tudo na nossa vida! Existe sombra e luz, assim como existe salgado e doce, triste e feliz. Tudo de alguma forma se completa e nos completa. Diariamente temos que fazer escolhas, e que bom que temos variadas alternativas. Temos também que olhar para nós mesmos com carinho, aceitar quem somos com todos os defeitos que podemos mudar ou tentar melhorar, com todas as pequenas imperfeições que se encaixam em situações que, de alguma forma, nos protegem. 

Temos que aprender a viver com nós mesmos, apreciar nossa própria companhia, antes de mergulhar, voar, antes de se entregar para qualquer novo desconhecido. Antes de ser totalmente livre, precisamos nos libertar do que nos prende, nos atrasa. O tempo é muito rápido, também é muito curto, para nos preocuparmos se vamos sofrer, nos decepcionar ou se outras pessoas destruirão as expectativas que nós mesmos criamos. O "deixar rolar" naturalmente é tão mais fácil e eu, como uma pessoa que já passou por algumas situações, garanto que é muito mais fácil ser leve com tudo. Mas essa que vos escreve também afirma: nunca estamos livres de mágoas doloridas nesta constante evolução pessoal. Aprenda, principalmente que ciclos se fecham, normalize a gratidão pelas pessoas que não cabem mais em algumas novas fases do nosso ciclo inevitável de mudanças.

Os erros de outras pessoas que nos machucaram formam nosso caráter, daí já sabemos o que não queremos para nós ou não queremos ter, ser, receber. Isso faz a nossa força, a nossa potência, isso nos faz amar cada vez mais de forma madura, tranquila. Todas as novas histórias que vão chegar, muitas recriarão novas memórias, descobertas, sorrisos, e todo mundo, todas as experiências, vão deixando um punhado de coisas lindas na nossa vida, nas nossas boas lembranças. É isso que vamos levar, a poesia da nossa existência e o quanto fizemos a diferença na vida de quem amamos, por pouco ou muito tempo. Que seja simples a vivência do "que seja eterno enquanto dure".

Seja você, seja a coragem que espera de outras pessoas, seja o bem e a alegria, faça os seus dias mais leves, olhe pra você com carinho, cuide de sua saúde, dos seus amigos, da sua família, das suas paixões, das suas escolhas, compartilhe seu amor, apenas viva sem medo no novo e necessário!

sábado, 27 de novembro de 2021

Amizade, afeto e saudade...

Nunca, em toda a minha existência, precisei tanto de amigos como nos últimos dois anos. Mas e quem não está no mesmo barco não é mesmo? Durante os meus mais de 30 anos de vida, troquei experiências com tanta gente, e o nosso caminho vai sendo trilhado dessa forma mesmo, algumas pessoas se alojam em locais especiais na gente, outras ficam pelo caminho, às vezes apenas pelo fato de nossos caminhos estarem de lados opostos, ou por estarmos dançando músicas de ritmos diferentes. E quer saber, está tudo bem? 
A normalização da saída de pessoas especiais da nossa vida tem que ser real e indolor. Compreender os rumos diferentes das pessoas e ter gratidão pela troca de experiências e ensinamentos, tem que ser leve, sem pesos.
Eu me cerco de pessoas incríveis e como diz a Vanessa da Mata “gente que vibra a favor” e também “os meus amigos eu escolho, são sócios da alegria que eu gosto de levar”. Mas às vezes os nossos amigos nos escolhem e é maravilhoso imaginar o tamanho do nosso significado na história de alguém.
Eu sempre disse que não tenho melhores amigos, mas tenho aqueles com quem divido coisas mais pessoais, tenho alguns amigos que são, praticamente, uma extensão de mim, assim como tenho outros amigos que são completamente diferentes, ausentes, distantes e mesmo assim são a minha outra metade. 
Ao longo da nossa história aprendemos tantas coisas, com tantas pessoas. Temos “tempos”, temporadas e edições com as pessoas. A nossa vida é um constante fechar e abrir ciclos e isso precisa ser saudável. De quantos amigos tu és formado? O quanto você aprendeu com as experiências ruins? E o quanto as experiências boas te transformaram?
Eu revisito cartas, mensagens, conversas e fico rindo sozinha. Penso se sou uma boa amiga, reflito se às vezes sou egoísta. Fico tentando encontrar formas de doar o melhor de mim para as pessoas que tanto amo, que são fundamentais para a minha felicidade. Meu coração é grato por cada palavra, cada visita, cada café, cada abraço, cada carinho, cada choro, cada sorriso e cada dança… Amigos são presença e ao mesmo tempo tanta saudade.
Eu sou a pessoa que sempre torce pelos que amo, eu sempre incentivo a seguirem seus sonhos e a procurarem o que lhes faz feliz, ainda que eu tenha que ficar longe. 
Não importa a distância ou o tempo, gostaria de dizer aos meus amigos que: “a sua casa ainda está aqui”. Divagando um pouco, navegando na falta que sinto de algumas pessoas, mas querendo mesmo é agradecer que todos estão bem, ou indo bem. Firmes e fortes em seus propósitos, buscando seus sonhos, meus amigos estão por aí e ainda aqui, e eu sigo abrindo novos ciclos, curtos ou não, tentando vivê-los ao máximo. Só queria abraçar cada pessoa que aflora o melhor de mim, ter um momento de conversa. Um afeto pra matar essa saudade, e quem sabe uma solidão controlada.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

O impulso que vem de um mistério empolgante, me jogo?

Você já se sentiu desafiada a ponto de perder o controle? Você sabe que não está no comando, mas está tentando desesperadamente decifrar aqueles pequenos detalhes. O olhar, o toque, a solicitude, aquelas palavras meio soltas, que vem de uma aleatoriedade bem arquitetada, perguntas do mais alto teor de uma curiosidade instigante.

Nesse momento ouço Marisa Monte, depois de, desculpa a expressão, uma porrada de tempo, e até esse fato que pode parecer aleatório nesse texto, diz muito sobre mim, sobre esse momento, sobre a primavera que está vindo em minha direção, “na estrada”. 

Continuando, eu tenho escutado muito mais música que assistido séries e isso é um fato demasiadamente interessante, uma vez que eu me conheço, sei que séries são refúgios de uma realidade, e as músicas são o meu voo sem paraquedas interno. Tenho conversado com meu coração e pergunto o tempo todo: tens certeza? 

Eu sou de pausas, e pausas longas, com vírgulas, mas nem sempre. Essa influência total do meu ascendente aquário está em conflito com meu vênus em câncer, mas isso não explica toda a confusão que me inunda por dentro, bem no lugar que eu devoro, entenda, é bem assim.

Eu digo: Decifra-me! E o elástico estica, sinto que devolvo o desafio. Tem brilho nos olhos e eu sou o incrível dueto de “Via Láctea”, eu posso sentir a gota de vida, gota que é mar e que vem, diariamente transbordando meu peito. Eu estou saindo da caverna?

Eu respiro, eu sinto...

Talvez esse escrito esteja bagunçado, desalinhado, um pouco caótico, quem sabe, mas na minha cabeça começo a encontrar uma certa coerência, porém sigo me questionando sobre muitas coisas deixadas no ar. Por que eu simplesmente não paro de pensar? Surpreendentemente, essas palavras são inesperadas para mim também.

Peço desculpas por toda essa não objetividade, afinal sigo sem rumo aqui, queria apenas esvaziar, confesso, essa era a finalidade quando resolvi escrever, que noite quente.

Será que já encontrei a minha resposta? 

Então, eu me encho de coragem e convido: chega mais, me ofereça uma tortura de carinho, sei lá, bata na porta, vire do avesso completamente o meu mundo, entre!

E tudo isso, toda essa escrita vagarosa, que dobra nas esquinas do meu pensamento para dizer que sim, talvez eu esteja abrindo as janelas, colocando os tapetes no sol, mudando móveis de lugar, escrevendo... Um ato iludido e decididamente não covarde para avisar que estou saindo rumo ao desconhecido e tem uma empolgação controlada aqui gritando, me dizendo o tempo todo, aproveita esse momento e se deixe levar, volte a viver, rápido ou devagar!



sábado, 3 de abril de 2021

2020.

Chegamos em 2021 e parece que passamos por 2019 há uma década. É muito estranho pensar em tudo que poderíamos ter vivido no último ano "normal" que tivemos e que deixamos para depois. Eu lembro apenas de ter passado por 2020, chorado dia sim e dia sim, ter me preocupado com quem amo e ter continuado a trabalhar, a conversar com os amigos e a me cuidar, nesse processos esqueci de viver, sorri menos e só conseguia pensar em todas as pessoas que estavam perdendo seus entes de maneira tão devastadora. Eu senti. Não tive forças para escrever e confesso que por muito pouco perdia a esperança em dias melhores, não pela pandemia que nos abateu, mas sim pelas pessoas que estavam agindo como se nada estivesse acontecendo. O egoísmo impera, a perversão e decadência humana dando às caras na sua melhor forma. Quem, nesse período, não sentiu a sombra da insanidade tentando dominar os dias comuns? Quem não se decepcionou com pessoas queridas, por atitudes ou palavras? Eu não posso falar sobre experiências alheias, mas as minhas eu posso tentar detalhar aqui.

Tecnologia, trabalho, pessoas, amigos, família, planos e sonhos. Tudo na mais alta incerteza controladora do meu bem estar diário. A crise de ansiedade voltou, há tanto tempo eu não sentia rasgar meu peito, desde o mestrado. Insônia, gastrite nervosa, inquietação, medo, choro frequente. Meu emocional ficou abalado, mas como conversei com a psicóloga, sempre coloco as pessoas na minha frente, o medo não era por mim e sim por todos os que eu amo e que eram muito teimosos para se cuidarem. Fui chata e impaciente com eles, e eu não sou assim, não com todo mundo. Eu estava mudando, estava perdendo o controle com coisas pequenas. Queria me agarrar em alguma fé, queria ter algo para acreditar, não queria perder a poesia em mim. Mas eu estava me perdendo na desesperança e me esquecendo de continuar sonhando. O medo estava maior. E eu não aguentava mais as "lives", nem a fantasia de ter que fazer exercícios em casa, muito menos conseguia me concentrar na leitura de um livro.

Um dia eu acordei, estava de home office desde março, estava agora em meados de maio de 2020, resolvi ser grata, foquei na gratidão. Eu estava bem, minha família estava bem, meus amigos estavam bem, eu estava trabalhando, recebendo todos os meses normalmente, conseguindo arcar com os compromissos financeiros, tinha uma casa para morar e me proteger. Eu não tinha do que reclamar, então eu apenas agradeci. Agradeci a saúde e a vida de todas as pessoas que são especiais para mim, ao mesmo tempo que pedia luz e conforto para os corações daqueles que estavam chorando suas perdas.

Eu criei uma rotina em casa, eu lia, estudava inglês, geografia, história, filosofia, política e espanhol. Assistia vídeos de entrevistas e também de viagens, como eu amava assistir esses vídeos. Vi mais filmes e séries. Acordava bem antes do home office, tomava café tranquila, fazia alongamentos, ouvia músicas, fazia vídeochamada com a família e amigos sempre. Foram dias complicados e atípicos, o primeiro semestre foi um desespero total, um turbilhão de emoções dentro de mim, e não, eu fiquei ou não estou totalmente bem.

Passei pelo ano de 2020, aos poucos fui me sentindo mais confiante. Quando voltei a trabalhar presencialmente eu acordava bem, via as pessoas no ônibus, curtia o caminho e na volta pra casa conversava com o motorista de aplicativo. No fim do ano fui pra casa da minha mãe, foram dias renovadores com a família e de repente era um novo ano, com os mesmos medos, inseguranças e incertezas.

O texto me expõe de uma forma que não estou acostumada ou confortável, mas morando praticamente só, tudo o que eu quero é conversar, desabafar. Sinto tanta falta de encontrar pessoas, conversar e tomar os meus cafés, mas isso é tão pequeno quando paro para pensar. Aprendemos muitas coisas nesses tenebrosos dias, mas nada é capaz de superar o valor que demos aos nossos mais próximos e especiais seres, demos importância aos nossos sonhos e não tem como olhar de outra maneira para o tempo. Eu me pergunto todo dia, será que ainda tenho tempo? Quando é a hora certa de ter aquela tão adiada conversa? Quando é a hora de realmente sair do casulo, da zona de conforto? E aquele curso, aquela viagem, quando realmente vou arrumar tempo pra realizar o que deixo para depois? Vai ter um depois?

Dizem que o que movimenta o mundo são as perguntas e não as respostas e eu me vejo exatamente no meio de tudo isso. Ressignificar, reaprender, resistir e viver. Encontrei novos propósitos, me decepcionei com pessoas e olhei com muito mais carinho para mim. Suponho que isso tenha acontecido com muita gente, às vezes chegamos ao ápice do medo para ter coragem e assim garantir várias outras qualidades que fomos apagando em nós. Eu aprendi que a vida é tão frágil quanto nossas prioridades, ou convicções que construímos ao longo da nossa existência. Olhar para trás, fazer uma autocrítica, resetar, tirar o peso do ombro do que não precisamos mais levar conosco e entender que o futuro é e sempre foi agora. Temos que viver, acreditar em nós mesmos e seguir em frente. Fazer de tudo para doar amor, atenção e amizade às pessoas, ser gentil a todo custo, respeitar as diferenças, dar ouvidos às histórias alheias e conselhos quando nos for solicitado, abraçar com mais frequência, dizer "eu te amo" inesperadamente, ouvir mais o coração, ter como objetivo realizar, não seguindo nenhuma ordem estabelecida, apenas aproveitar as oportunidades, experimentar comidas novas, descrever experiências e aprendizados e principalmente cuidar de quem corre do nosso lado.

Sejamos fortes, persistentes e vivamos. Existir, todos existem, mas viver, poucos estão se doando tanto para a vida. O que você aprendeu com as reflexões que fez enquanto estava se sentindo solitário? De quem você sentiu mais saudade? O que você pretende fazer quando tudo isso passar?

sábado, 2 de maio de 2020

Não esfriar...

Dia lindo por aqui, tarde perfeita. Das músicas que eu gosto, não ouvi nenhuma, mas por um instante estava na janela contemplando um céu azul, aberto e sem nuvens. Aquela tarde amarelada que invade de forma poética o chão da sala, entrou aqui e me hipnotizou.
Saudade da rua, de passear. Mas o que me enche mesmo é a saudade de conversar, pegar, abraçar, olhar no olho.
Sou um animal muito estranho que pode até não reconhecer, com facilidade, a falta que sente das pessoas, mas que sempre foi mais gente que solidão, apesar de gostar tanto de ficar só, gritar pela casa fingindo que sabe cantar ou até mesmo de experimentar uma conversa rebuscada com os pássaros que comem suas bananas na mesa, sem qualquer cerimônia.
O inevitável isolamento social está também me forçando a um duro isolamento pessoal, ao mesmo passo que me afasto da sociedade esqueço uns pequenos detalhes sobre mim, volto pro eixo instantes depois e sorrio pensando no "museu de grandes novidades" que me espera e que certamente apreciarei com demasiada paciência ao ar livre, quando tudo isso passar.
Por mais que o esfriar-me seja tão apaixonante e cabível ao cenário, tenho por minha convicção arder para não apagar o brilho nos olhos, até a liberdade externa voltar.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Par ... trilhar a vida boa.


Escrevo aqui de forma desordenada o que ainda arde em mim. É um tipo de amor diferente, não o amante, mas sim o afetuoso, o carinhoso e o companheiro.  Querer estar contigo, querer ouvir sua risada e seguir para mais um café. Você pede o quente e o gelado e eu o doce e o salgado. Nas nossas diferenças encontramos o nosso equilíbrio e as palavras respeito e liberdade encontraram seu significado.
Ouço falarem sobre inicio e fim, mas eu me apego tanto ao durante, ao caminho, a estrada e tudo não faz muito sentido na minha cabeça, quando eu posso estar na estrada contigo. Os passeios, as músicas que eu não conhecia, os livros que eu nunca li e as formas mais inusitadas de dizer "te amo", você promete?
A narração de um encontro inusitado e a semelhança de almas tão colapsadas de histórias anteriores, você me ouvia e de forma tão objetiva respondia questões que eu criava de forma tão complexa. Então, como você pode simplificar as coisas dessa forma? Eu me perguntava entre olhares perplexos de admiração, o que mais tem nesse coração que você não mostra, ou mostra só que eu não vejo?
O tempo... da saudade, da troca, do durante. Desse tempo eu quero falar, não para mim, mas sim para ti, que faz morada em acontecimentos tão sutis do meu dia e que não vale qualquer vã comparação.
Eu continuo partilhando a vida boa com você, em detalhes, falando sozinha, rindo de lembranças que surgem do nada. Tudo fica mais bonito quando você está por perto, seja um perto dentro ou um perto no mesmo aqui.
Você dizia que eu era romântica e eu discordava, hoje entendo que era o "estado de poesia" que me inspirava a falar tantas coisas soltas com sentidos que nem cabia no meu entendimento. O sentir era forte e vivo, tal qual essa saudade de "à primeira vista" espalhada em bilhetinhos coloridos pela casa. Quando o olho brilhou, entendi. Não fica e nem vai embora, é o estado de poesia!
Eu gosto de sorvete, café, pôr do sol, praia, tardes, viagens, eu gosto de companhia, de estar sozinha, de assistir séries, apreciar o simples. Gosto mais de sol e você prefere chuva, eu não ousaria falar de todas as diferenças que couberam em nossa história, mas todas foram importantes para a construção de uma base onde o espaço e desejos do outro eram respeitados.
Eu entendi que o maior amor é aquele que é livre, que abre as asas e voa e você fica feliz em estar junto ou não, você só quer que a pessoa que tu amas esteja bem, isso vale mais, isso vale tanto. Tu desejas que a pessoa que caminha contigo se encontre, que se realize e que sempre siga em frente e você com tudo o que viveu, sentiu, aprendeu, apenas observa e vai olhando até a pessoa sumir no horizonte, no seu horizonte. A forma que olhamos o mundo é diferente, nossas visões não são absolutas, valores e características individuais precisam ser apreciadas como genialidades, acolhidas. Compreender razões diferentes, conservar a calma e permanecer na divisão consistente de um amor que simples, se tornou imenso, profundo e admirável.
Será que você entende tudo isso que me ensinou? Tudo isso que representou? Será que você entende a gratidão pela tua passagem na minha história? Será que tu entende que eu não quero uma vida sem tuas cores? No meio de toda essa vivência brotou o que há de mais genuíno no meu coração, o sentimento que garante todos os outros, a graciosidade de uma eterna amizade.
A gente toma o nosso café e você me fala dos seus novos planos.
Obrigada por me fazer sentir tanta coisa bonita em um mundo tão cheio de vazio e por par...trilhar a vida boa comigo!




quarta-feira, 29 de abril de 2020

Sentir, morrer e renascer. Qual superação você quer por perto?

É muito engraçado cada pessoa ter um conceito diferente para "superação de um fim de relacionamento". Mas pensemos, cada pessoa tem a sua história, suas vivências e é normal que algumas opiniões sejam diferentes. O que não é normal é alguém querer dizer-te como sentir, como sofrer, quando voltar, quando ficar, quando ir. Entenda, essa experiência é sua e apenas sua.
Tive um relacionamento bem longo, vivenciei e aprendi muitas coisas, mudei. Alguns amigos afastaram-se e eu vivi a vida da outra pessoa, aparentemente estamos fadados a ter essa experiência na vida, pelo menos uma vez.
Ao fim desse relacionamento, decidi que viveria o luto, iria esgotar tudo que pudesse permanecer em mim dessa fase. Esse negócio de "curar um amor com outro amor" sempre foi uma corda muito frágil pra mim, nunca acreditei. Sou adepta do natural, de tudo que pode acontecer naturalmente. Não vou mentir, ouvi mutos conselhos para viver alguma coisa, ainda que destruída por dentro, não pelo fim do relacionamento, mas por pensar no tempo que dediquei a tudo aquilo, isso doía. Quando você finalmente entende que na maioria das vezes você estava só, vivendo tudo aquilo sozinha e tendo que ouvir "você é a vida do nosso amor, se você desistir ele morre", então, sufocada com essa responsabilidade e me sentindo cada vez mais sozinha, eu deixei ele morrer.
Ouvir de amigos "você tem que seguir em frente" sendo que eu estava seguindo, estava respeitando o luto que merecia ser vivido daquele relacionamento que lógico, assim como muitos, não tinha sido ruim, teve um tempo que fui muito feliz e como diz o Cícero, até que "tudo foi desbotando, até desaparecer".
Eu respeitei o fim. Chorei, senti raiva, senti medo, solidão, desespero e um vazio imenso. Imagina ter que reaprender a viver sem hábitos são simples, corriqueiros. Mas eu não sucumbi, não pensei na outra parte da história e me preocupei apenas comigo. Desapego, superação, amor próprio, tudo no seu tempo voltando para o seu devido lugar. Voltei a fazer coisas minhas, redescobri tanto de mim que estar em minha companhia era sempre a melhor parte do dia, até que isso se tornou o dia inteiro. Foi uma fase de intenso aprendizado, o que eu queria e o que eu não queria era tão claro, tão evidente e tão profundo, dentro e fora de mim, que era revigorante sentir que as pessoas me enxergavam na rua e deveriam pensar "como aquela garota parece ser tão feliz e dona de si?"
Eu superei um grande amor. Me deixei sentir tudo, esgotei! Tirei tudo de mim, arranquei tudo o que um dia alojei em meu coração. Esvaziei, poderia flutuar ao invés de andar, quase voar. Estava leve e me sentia bem, conseguia ouvir o outro na mesma proporção que ouvia o meu silêncio e me sentia tão maravilhosa com isso.
Depois que tudo isso passou, eu vivi alguns encontros, uns foram inesquecíveis, outros passaram, apenas um ficou e durou, outros foram sorrisos na rua, outros uma visita, um café, um cinema. Todos vividos intensamente, porque eu tinha espaço para guardar esses encontros dentro de mim, todos significaram. Me dei conta que estava vivendo, comandando o barco, do jeito que eu sempre quis, dividindo, aprendendo e escolhendo o próximo passo de acordo com o meu coração.
Depois dessa história de superação de um grande amor eu me apaixonei de novo e foi tudo tão lindamente natural, romântico e cúmplice que se eu pudesse teria ficado e continuado. Mas, o que eu aprendi, além de me querer e me amar, foi acima de tudo respeitar o tempo, o compasso, a trilha do outro.
Sabe qual é a grande diferença entre uma superação e outra? A primeira, que doeu muito, mas esgotou qualquer vestígio em mim me ensinou algo muito além. Aprendi que a gente escolhe quem ainda queremos por perto, quem soma, quem nos faz bem. E, certamente, eu realmente não quero dividir nada do que eu conquistei, com luto, redescoberta e liberdade, com a primeira superação. Uma pessoa que tem um agradecimento pelas linhas que escreveu no meu livro, mas que se puder ficar bem longe, eu agradeço mais ainda.
Ao amor que ficou e durou, seu doce fim, o tornou digno de ser guardado. Está entre os amadurecimentos e bonitas trocas que queremos por perto, a amizade e gratidão, o brilho, o inesperado e puro amor que não precisa ir embora, que escolhemos deixar armazenadinho e para sempre vivo. Não foi ninguém que nos ensinou, isso aprendemos de dentro para fora, como sentimos e como nos permitimos sentir.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

As mãos dançam no vento, feche os olhos ...

Talvez, e apenas talvez, eu esteja com medo do que estar por vir! O desconhecido sempre me tomou por inteira, sempre me paralisou e ao mesmo tempo me instigou, me devolveu o respirar. Imagino, de uma maneira romântica, sentir-me voar em cima de uma garupa de bicicleta, de braços abertos, descendo uma ladeira, ouvindo a mesma música com quem pilota o meu destino e no fim, encontrar uma cachoeira, onde sempre idealizei o encontro com as águas. 
O olhar brilhante, encontrando-se com o sorriso, o amarelo do pôr-do-sol na pele, o qualquer coisa que tá bom, "bem bom"...eu sou romântica? Sempre achei que não! Nem de longe considero-me romântica e pra falar a verdade, não sou nem centrada, a pessoa tem que ser muito envolvente pra conseguir me tirar do eixo... e a música? Talvez "deusa do amor" ou "partilhar", talvez "desate o mundo" ou que tal "fora de mim"? 
Por entre devaneios de uma sexta-feira, final do expediente, em pleno inverno, desesperada, anseio por um verão perfeito, leve, com alguém novo ou antigamente vivo ainda em mim ... [ ... ]
É, então, você sabe andar de bicicleta?

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

O que nos engole?

Estamos solitariamente sensíveis, vivendo vidas que não são nossas ou que não nos reconhecemos em tais cenários. A sociedade impõe coisas quase difíceis de fugir ou de não ser envolvidos por osmose em contextos contrários ao que acreditamos ou queremos. O que nos engole? O que nos provoca? O que nos tira do nosso eixo? O que sugere um caminho alternativo? O que nos resgata? O que nos fere? O que queremos? Estamos em um loop infinito de perguntas e aqui vai mais uma pergunta, onde estão as respostas?

Para você que chegou para ser a “dona da minha cabeça”

Quando eu disse “vem andar e voa” eu fiquei tão assustada quanto você. A doce sensação de sorrir boba ao te olhar, de ficar com borboletas n...